Olá Adriana, adorei seu espaço, muito esclarecedor principalmente para mãe de primeira viagem como eu. Parabéns. Gostaria de tirar uma dúvida em relação a "fase oral", qual é a evolução? Minha filha tem 7 meses e meio e não chupa chupeta e iniciou na mamadeira agora, ainda amamento fora do horário de trabalho e berçário. Ela tem um mania desde bem bebezinha, 2 p/ 3 meses, de chupar o dedo polegar. Tendo entretê-la com objetos e com o peito mas depois q voltei a trabalhar e ela iniciou no berçário parece que a mania está mais intensa. Desde já agradeço e mais umavez parabéns pelo blog esclarecedor e pelo profiossionalismo. Lilian
Conversando com os pais - Cantinho da Dúvida
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Tópico: Cantinho da Dúvida
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Obrigada! Que bom que gostou! O retorno dos pais é importante para eu saber se o site está atingindo seu objetivo que é o de levar informações de forma clara à todos. Tudo está sendo feito com muito carinho.
Respondendo à sua pergunta:
Evolução da fase oral:
A fase oral é a 1ª fase do desenvolvimento do bebê e vai desde que ele nasce até por volta dos 2 anos de idade. A aprendizagem se faz através da boca, a maior parte das necessidades da criança com o mundo externo é pela boca associada em grande parte à alimentação.
Essa fase é dividida em 2 períodos: da sucção que vai até o 6º mês e sadico-oral onde começa o aparecimento dos dentes e substitui a sucção pelo prazer de morder e mastigar e vai dos 6 meses até os 2 anos.
O bebê de 7 meses:
Nessa fase ele desenvolve a capacidade para variar os tipos de choro, sons que faz, expressões faciais e gestos para chamar a atenção dos pais. Ainda não entende bem que a mãe vai e volta. Até o 6º mês ele acha que é uma extensão do corpo da mãe fazendo parte dela. A partir do 7º mês vão se dando conta de que são seres separados e individuais (ele é um ser e a mãe outro). Essa percepção de individualidade fica mais clara e evidente para ele.
Nesse período ele tenta se jogar para alcançar objetos, bate um objeto no outro. Pode começar a engatinhar, balbuciar algumas sílabas e começa a entender o conceito de permanência das coisas, ou seja, tem a noção de que uma coisa continua a existir mesmo que não a veja.
Sente ansiedade com pessoas estranhas e reage com reações de medo quando separado da mãe, pois tem medo de perdê-la.
Chupar o dedo:
Até 1 ano e meio mais ou menos, é normal o bebê chupar o dedo por questões tanto fisiológicas quanto psicológicas. Ele usa o dedo como "ponte" entre ele o mundo. Desde o útero, a criança aparece no ultrassom chupando o dedo e esse hábito é importante enquanto ele ainda é um feto para ajudar no amadurecimento psiquico e na sucção durante a amamentação quando nascer. Esse hábito é da natureza da criança e muitas delas preferem o dedo à chupeta. Isso tende a desaparecer por volta dos 2 anos de idade quando ele passa para outra fase. Mas, com 7 meses ainda está na fase oral e chupar o dedo dá prazer, acalma, traz aconchego e alivia a tensão e a ansiedade.
Portanto, não há motivo para se preocupar se sua filha chupa o dedo. Como você mesma disse ela está indo para o berçário agora e está se separarando de você. Isso causa ansiedade, medo e o dedo vai acalmá-la. Por isso também essa mania se intensificou nesse momento. Toda mudança requer tempo para ser assimilada por qualquer um de nós agora imagine para um bebê que ainda não tem a noção e o entendimento do que esá acontecendo. Portanto, as mudanças tem que ser feitas aos poucos e uma de cada vez. Deixe ela chupar o dedo, precisa disso nesse momento! Não precisa tentar substituir o dedo pelo seio ou qualquer outro objeto.
É importante também continuar amamentando quando estiver em casa. A amamentação é uma hora em que ela se sente amparada, protegida, amada e isso é essencial !
Depois que ela estiver adaptada à nova fase pode encerrar a amamentação no seio mesmo em casa.
Pegue no colo e brinque com ela para compensar a sua ausência durante o dia. E vale lembrar que as mudanças são difíceis sim mas, os bebês tem grande capacidade de adaptação.
Espero ter tirado suas dúvidas e fique a vontade para perguntar o que ainda precisar ou o que não ficou claro.
Um beijo
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