TEXTOS
A importância da estimulação para os bebês
Os primeiros anos de vida da criança são cheios de emoções e de experiências novas para ela e para os pais. Durante esta etapa, a estimulação é muito importante para que seu filho se desenvolva. Não se preocupe se demora para dizer a primeira palavra ou para dar os primeiros passos. Cada criança tem seu próprio ritmo e os pais devem respeitá-lo. Ajudar uma criança a ser independente, dentro de seus limites, é contribuir para seu crescimento. Isso requer muito trabalho, carinho, dedicação e paciência. Desde bebê, a criança necessita de ajuda e estimulação para conseguir fazer as coisas sozinha. Só que tudo tem seu tempo e hora certa. Não pule etapas. Muias vezes a criança é muito estimulda porque seus pais ficam ansiosos em mostrar o que seu filho já sabe ou pode fazer sozinho. A independência e estimulação depende sempre da idade que ela tem. A medida que ela cresce, vai experimentando e conseguindo lidar com tudo que é oferecido a ela. É ai que começa o trabalho da familia em ajudá-la com suas descobertas. Um bom exemplo disso é quando aprende a comer sozinha. O melhor é usar duas colheres: uma colher dê a ela para que possa manuseá-la e a outra use para alimentá-la.
Quando já começou a falar em vez de dar o que a criança aponta com os dedos peça para que ela fale o que deseja afinal se você der tudo a ela sem que ela precise falar vai ficar com preguiça de falar uma vez que sabe que consegue o que quer só apontando.
Elogie quando conseguir fazer alguma coisa! Incentive! Não faça por ela! Não exija perfeição!
Cante, conte historias, brinque, converse, dê risada!
Curta seu filho e use principalmente bom senso!
Adriana V. de Mattos
Psicologa CRP 84.806
Medo infantil
Todos nós sentimos medo, é um instinto de proteção. Mas, existem aqueles medos que não tem qualquer razão lógica.
É comum acontecer dos adultos não darem muita importância aos medos infantis. As crianças, principalmente as menores, sentem muitos temores. Alguns são passageiros e outros demoram mais para passar. A simples presença da mãe ou do pai pode aliviar essa sensação tão ruim. Afinal, os pais são para as crianças poderosos e a segurança de seus braços afasta os perigos reais e/ou imaginários.
O que acontece com a criança é que ela tem uma imaginação muito grande e usa para aumentar os perigos. Dessa forma, é dever dos pais respeitar os medos infantis e procurar ajudar os filhos a superá-los.
Crianças que apanham podem sentir mais ansiedade e agressividade tendo mais pesadelos.
Cabe aos pais a tarefa de ensinar e educar sempre usando o bom senso e muito carinho evitando assim aumentar qualquer ansiedade ou medo desnecessário.
Os medos mais comuns para cada faixa etária:
- Até os 3 anos: aqui o medo mais comum é de ser abandonado. A criança tem medo do escuro, de cair, de barulhos estranhos, luzes fortes e pessoas deconhecidas. Por volta dos 2 anos, a fantasia passa a fazer parte da vida deles e traz "novos fantasmas". Por isso, os pequenos nao querem saber de palhaços ou pessoas fantasiadas como papai noel e coelho da pascoa por exemplo.
- Dos 4 aos 6 anos: nessa idade as crianças começam a entender que as pessoas nascem, crescem e morrem. Por isso, choram ao ver um coleguinha cair e se machucar.
- Dos 7 aos 10 anos: o medo maior é de serem castigados pelos pais ou não serem aceitos pelos amigos.
Adriana V. de Mattos
Psicóloga CRP 84.806
Amigo imaginário
Três em cada dez crianças têm um amigo imaginário. Com ele, brincam, conversam, se divertem, brigam, contam suas alegrias e tristezas. Na maioria dos casos, escolhem um boneco, um bichinho de pelúcia, mas também podem escolher alguém invisível. Este novo amigo se torna tão presente e importante para a criança que dorme ao seu lado na cama e ganha lugar marcado na mesa de jantar. Geralmente ele aparece quando a criança está entre dois e quatro anos de idade. Mais tarde, lá pelos cinco, seis anos, começando a escola, os amigos de verdade vão substituí-lo e ele ficará como uma gostosa lembrança de um tempo muito feliz.
Alguns pais se assustam com este comportamento dos filhos mas, não há motivo para se assustarem. As crianças usam isso para lidar com sua imaginação cheia de sonhos e fantasias. Através do faz-de-conta, elas usam a criatividade, vontade, autoridade; compartilham segredos, podem dar ordens aos amigos imaginários, como não dariam aos amigos reais.
Eles costumam aparecer em situações de estresse e ansiedade, como mudança de casa, de escola, chegada de um irmãozinho, separação dos pais, perda de alguém querido, ou seja, coisas que mudam a sua rotina. É com o amigo imaginário que o seu filho vai dividir seu medo e insegurança.
Preocupante? Não. Ao contrário, isso funciona para a criança liberar diferentes sentimentos e até substituir por um tempo, alguém que ela perdeu.
O melhor a fazer é tratar o assunto com naturalidade e respeito, e entrar no jogo, quando ele pedir. Ao encontrar seu filho conversando, com alguém que você não vê ou com algum brinquedinho, converse também, mas sem exageros. Aproveite para perguntar do que ele gosta, do que não gosta, do que tem medo, o que o faz triste ou feliz. Sem censuras. E atenção: Não deixe seus filhos mais velhos ou algum parente ridicularizarem a brincadeira na frente da criança. A situação é considerada preocupante quando a criança não quer sair ou ir para escola para ficar com o amigo invisível.
Não use o amigo para obrigar a criança a comer, dormir na hora combinada ou para convencê-la de qualquer coisa que ela não queira fazer.
Aceite o faz-de-conta, mas não o estimule!
Adriana V. de Mattos
Psicóloga CRP 84.806
Mentira infantil
A mentira infantil sempre deu muita dor de cabeça aos pais. No entanto, antes de qualquer atitude temos que entender por que as crianças mentem e a melhor maneira de lidarmos com isso.Crianças menores, de até cinco anos, tendem a confundir fantasia e realidade. A mentira nesta fase está muito ligada ao desejo da criança de possuir algo que não pode ter.
Exemplo: "Minha amiga Paula me deu de presente este estojo de canetinhas". Júlia chegou em casa mostrando para mãe um material que não lhe pertencia. Mentir, neste exemplo, trata-se de um meio que a criança usa para evitar a realidade de ter pego algo que não é seu. Nesta idade, as crianças necessitam que os pais digam: "Vamos devolver as canetinhas da Paula e você dirá a ela que sente muito por ter pego seu material. Isso é educar!
Crianças mais velhas que já diferenciam fantasia e realidade podem mentir quando querem se livrar de alguma culpa.
Exemplo: "Luiza aproveitando que a mãe não estava, resolveu experimentar seu vestido de festa. Desajeitada, rasga a roupa e resolve escondê-la embaixo de sua cama. Mais tarde a mãe vai limpar seu quarto e encontra seu vestido rasgado, perguntando a filha se foi ela quem fez isto. Assustada, Luiza responde que foi seu irmão menor". Neste caso, ela ficou com medo do castigo e preferiu mentir.
O melhor a fazer é: não chame a criança de mentirosa. Isso só reforça uma imagem negativa e faz com que continue mentindo.
Explique com calma as conseqüências negativas de uma mentira com exemplos práticos. Se prejudicar alguém deixe claro porque é errado fazer isso e se ela gostaria que alguém agisse assim com ela.
Não grite com a criança para obrigá-la a dizer a verdade. Isso vai fazer com que sinta medo de você.
Se suspeitar que a criança está mentindo faça perguntas do tipo: Como foi o passeio? Estava bom na escola? Depois de algum tempo volte a fazer as mesmas perguntas e compare as respostas.
Sua reação deve ser firme mas controlada, sem agressividade.
O exemplo dos pais é fundamental. Nada de mentirinhas como: "Diga que a mamãe não está. Fale que estou tomando banho". Não minta e nem peça para seu filho mentir. As crianças aprendem imitando o comportamento dos pais.
Antes de tudo o mais importante é a conversa, ser amigo do seu filho e fazer com que ele entenda que pode confiar em você. O segredo é que a criança tenha confiança e respeito pelos pais e não medo!
Adriana V. de Mattos
Psicóloga CRP 84.608
Educar é diferente de criar
Somente cuidar dos filhos não é o suficiente para garantir um bom futuro a eles. Educar é muito diferente de criar. Vários adolescentes estão muito bem criados: simpáticos, fortes, saudáveis, e bonitos, mas não são educados. Mãe e pai querem que seu filho seja feliz não é mesmo? Mas, poucas crianças se sentem plenamente felizes. Ninguém pode dar felicidade a outras pessoas, nem os pais aos próprios filhos. O que os pais conseguem e devem fazer é dar alegria, prazer, condições básicas de saúde, educação e ajudar na construção da auto-estima e independência para que eles tenham maturidade emocional para enfrentar a vida.
O que está acontecendo hoje em dia é que os filhos não ouvem os pais, fazem o que tem vontade e os pais acabam aceitando essa situação para não contrariar por vários motivos. Um dos motivos é por querer compensar a ausência por causa do trabalho. Ai está todo o engano.
Os pais estão perdendo o controle sobre a educação. A indisciplina resultou em uma geração de adolescentes que não está bem, sem persistência para alcançar seus objetivos, sem cidadania, desinteressados, que não suportam ser contrariados e não querem ouvir não. Os pais não podem esquecer que antes de serem amigos de seus filhos (que sem dúvida nenhuma é muito importante também) são os pais. Ser pai e mãe significa estabelecer limites e impor regras, dar responsabilidades, falar não quando necessário. Geralmente quando as crianças são pequenas, os pais acabam fazendo o que é mais fácil porque estão cansados ou não tem paciência. Por exemplo, em vez de ensinar a criança a arrumar a cama e enfrentar a má vontade, preguiça ou os “não quero depois eu faço”, preferem arrumar por eles.
Pensam que cobrar as pequenas tarefas da casa quando forem maiores será mais fácil do que agora. Mas, estão enganados. Desde cedo é preciso ensinar e cobrar as pequenas coisas dentro dos limites da idades de cada um é claro!
Fazendo isso você vai estar preparando seu filho para vida. Eduque para criança ser independente, seguir seu próprio caminho, ir atrás de seus sonhos e objetivos. Portanto não faça tudo por eles, só aprendemos fazendo! Educar sem proteger exageradamente vai fazer com que ele encontre seu lugar no mundo e com certeza será mais feliz e te agradecerá no futuro.
Adriana V. de Mattos
Psicóloga CRP 84.608
Medo do escuro - como lidar com ele?
É só apagar a luz para que a criança fique com medo de dormir por causa da escuridão no quarto. Somente no escuro que seu filho relata bichos debaixo da cama, sombras e espíritos do mal que querem pegá-lo e monstros dentro do armário. Nunca menospreze esse medo, a criança realmente está sentindo, não é manha. O medo do escuro faz parte do desenvolvimento infantil e começa aos três anos de idade desaparecendo por volta dos seis anos. Nessa fase, a criança começa a construir o seu próprio mundo com muita magia e seres imaginários que podem brincar com ela, fazendo-a conhecer os mais variados sentimentos incluindo o medo. E é justamente na hora de dormir que o medo aparece, a criança se sente desprotegida pois tem que se desligar da presença dos pais e da segurança que os adultos oferecem. Então, quando a luz se apaga, as elas não enxergam nada, o que é real desaparece e a escuridão esconde os perigos de sua própria imaginação. Um simples ruído pode perfeitamente ser o monstro que irá puxar seus pés, assim como a sombra de um galho de árvore transforma-se num fantasma. Nessas ocasiões procure deixar a lâmpada do banheiro ou do corredor acesa até que ela durma.
Deixe um abajour perto da criança para que ela possa acendê-lo quando sentir medo, deixe a porta aberta ou dê algum brinquedo que ela possa abraçar isso a fará se sentir mais segura. A presença dos pais ou de alguém que lhe transmita segurança na hora de dormir também é muito importante. Além da fantasia, outra causa que pode levar ao medo do escuro é a mudança de casa. O quarto novo é um local desconhecido e tudo que é desconhecido gera fantasia, imaginação e pode guardar surpresas como terríveis monstros. Mostre a casa nova com detalhes. Para lidar com esse medo os pais devem conversar com a criança e tentar sempre entender o porquê do medo assim fica mais fácil explicar que por exemplo a sombra na parede não é um fantasma sim a sombra de alguma coisa.
Um erro comum do adulto é fazer a criança enfrentar esse medo contra a sua vontade. Tenha calma, paciência e não se esqueça que você já passou por isso quando era pequeno. Deixe claro para ela que se precisar de alguma coisa estarão sempre por perto para ajudá-la e que basta ela chamar e vocês atenderão seu chamado.
Segredinhos para acabar com os monstros: algumas brincadeiras ajudam a criança a dominar o medo do escuro como mostrar as sombras na parede feitas pelas mãos.
Adriana V. de Mattos
Psicóloga CRP 84.608
Ciúmes entre irmãos
O sentimento de ciúmes deve ser visto de forma natural afinal é sentido por todos os seres humanos!
A palavra “ciúmes” significa: medo de perder alguma coisa. São vários sentimentos juntos: raiva, insegurança, mágoa.
O nascimento de uma criança em uma família traz sempre uma mudança e o ciúme é um sentimento comum nos irmãos. No momento que a criança percebe a chegada de outra em um espaço que era somente seu, sente-se ameaçada, insegura, com medo de perder seu espaço, atenção e amor dos pais.
O ciúme pode acontecer de várias formas: através de comportamentos agressivos ou por exemplo se ela que já dorme na cama pedir para voltar a dormir no berço.
Quando a relação entre a criança e seus pais é boa e ela se sente amada por eles vai passar por essa fase de uma forma mais tranqüila.
É importante que a criança possa mostrar esse sentimento e ser respeitada. É preciso dar nome aos sentimentos, ajude seu filho a entendê-los; só assim ele vai conseguir aceitar o que sente e poder transformar esse sentimento.
Nunca devemos dizer não pode sentir o que está sentindo ou que isso é errado assim vai se sentir mais culpada ainda e continuar sem entender o que está acontecendo com ela.
O ideal é que não se faça nenhuma mudança na vida da criança nesse período, ou seja, colocar na escola por exemplo, vai fazer ela se sentir trocada como se não tivesse espaço para ela em casa.
Aceitar os filhos com suas diferenças, da forma como cada um é, elogiar suas qualidades, sem comparações é a melhor forma de evitar o ciúmes. Usar palavras firmes e carinhosas: quando um filho manifestar o desejo de "fazer o seu irmãozinho desaparecer", pai e mãe podem dizer firme e claramente que entendem o seu sentimento de raiva mas que, se o "caçula" realmente desaparecesse, ficariam muito tristes, pois amam muito os dois filhos.
Através do ciúmes ela está pedindo sua atenção!
Dizer que ama, que nunca deixará de ser amada por causa do irmão, dar atenção a ela, mostrar o quanto é importante na família também ajuda bastante. Mostrar que existe amor para todos é fundamental !
É importante dar um tempo para ela aceitar a notícia da gravidez e o nascimento do irmão, sem forçá-la a sentir ou fazer coisas que ela não quer e não pode no momento.
Adriana V. de Mattos
Psicóloga CRP 84.608
Agressividade
Antes de mais nada é bom lembrar que as crianças não sabem dizer o que estão sentindo assim como nós adultos falamos. E mesmo assim, muitos adultos também tem dificuldades em falar sobre seus sentimentos não é mesmo? Então, uma das formas que as crianças tem de mostrar que não estão bem é através da agressividade.
Podemos dividir o desenvolvimento infantil em diversas etapas ou fases:
- A primeira que vai do nascimento aos dois anos de idade. Nesta fase a criança utiliza os sentidos para conhecer o mundo. Tudo aqui acontece por reflexos e a criança leva tudo à boca;
- A segunda que vai dos 2 aos 7 anos onde a criança começa a adquirir noções de tempo e espaço. Ainda não há raciocínio lógico.
Uma criança que morde o amiguinho até dois anos de idade não pode ser considerada como agressiva. Ela ainda não sabe usar a linguagem verbal e a linguagem do corpo acaba sendo mais eficiente. A criança nesta fase acredita que o mundo funciona e existe em função dela. Uma das primeiras formas de relacionamento é a disputa por objetos ou pela atenção de alguém querido – como a mãe, o pai ou o professor. A intenção da criança quando morde ou empurra é conseguir o mais rápido possível aquele objeto que deseja porque não consegue falar exatamente o que quer. É claro que o adulto deve chamar atenção evitando que se machuquem e explicando que a atitude não é correta. Porém não devem supervalorizar a agressão, pois as crianças ainda não conseguem entender que estão machucando.
A agressividade pode ser com a intenção de machucar ou ser cruel com alguém, seja física ou verbalmente. Ou ainda, pode aparecer com a intenção de conquistar uma recompensa, sem desejar o mal do outro.
Ela aparece ainda em reação a uma frustração. Birras, gritarias e chutes. Esse comportamento é comum mas, é necessário explicar à criança que não é certo. E na maior parte das vezes passa logo podendo ter como motivo o nascimento de um irmãozinho, a hospitalização ou perda de alguém querido, ou ainda a mudança de casa ou escola.
Por mais que, às vezes, possa parecer pouco, o elogio, afeto, prazer e compreensão tem resultados muito mais rápidos do que bronca, castigo, sofrimento e indiferença. O castigo deverá ser usado somente após uma conversa com a criança sobre o comportamento errado que ela teve e deixar bem claro o que se espera dela. A agressão física, como tapas, não devem ser usados uma vez que agressão gera agressão. O importante é conseguir estabelecer os limites e as regras. E claro muito amor !
Adriana V. de Mattos
Psicóloga CRP 84.680
Como estimular a criança em suas diferentes fases
Criança de 0 a 2 anos: Estimular a criança durante as atividades diárias: no banho deve-se conversar com a criança, oferecer objetos e chamar a atenção para as partes do corpo; ao vestir, estimular a criança a encontrar determinadas peças do vestuário; na hora de comer, observar se a criança é capaz de alcançar, pegar, soltar e fazer movimento de pinça; é importante dar alimentos que ela possa comer com as mãos e oferecer colher e copo de plástico para se alimentar sozinha; quando for falar com ela seja simples como por exemplo: “Pega a boneca”;
Criança de 3 a 4 anos: estimular os saltos, galopes, etc.; fazer experiências com coordenação: atividades que envolvam equilíbrio; oferecer experiências de manipular objetos e guiá-los (pequenos carros, construir blocos); atividades motoras com ritmo simples, marchinhas; imitar animais, máquinas, profissões e figuras de parentes; fazer brincadeiras individuais e também ajudar as crianças a aprender a brincar com os outros;
Criança de 5 a 6 anos: Oferecer atividades que incentive a dividir, vencer e perder; incentivá-la e elogiá-la; realizar atividades que dêem a todas a oportunidade de serem o centro das atenções; dar explicações breves ao iniciar uma atividade; permitir oportunidades que exigem cooperação, demonstrando a importância disso; incentivá-la a desenvolver diferentes maneiras de realizar uma mesma atividade; oferecer jogos com regras individuais, caçadas, atividades dramáticas, brincadeiras com narrativas, jogos em pequenos grupos; oportunizar jogos com poucas regras e atividades que envolvam todas as crianças; desenvolver habilidades rítmicas e com música (ritmos criativos, danças folclóricas e jogos cantados); usar atividades com duração rápida.
Santos (2004, p 114) afirma, “a criança que é estimulada a brincar com liberdade terá grandes possibilidades de se tornar um adulto criativo”. O brincar influencia na vida da criança porque cria situações em que ela pode desenvolver a criatividade, dando-lhe melhores possibilidades de resolver criativamente problemas futuros.
Adriana V. de Mattos
Psicóloga CRP 84608
A importância das estórias infantis
Contar estórias para crianças é muito simples e ao mesmo tempo muito importante para elas. Estimula a criatividade, escrita e faz com que a criança se compare com os personagens.
As estórias tratam de questões sobre o poder, o conflito entre os fortes e fracos, do medo, do amor, da morte, do envelhecimento, do abandono, da doença, insegurança, esperteza, coragem. A criança vai perceber que todos esses sentimentos que os personagens mostram elas também sentem. Elas enxergam nos desenhos o que acontece dentro delas e é muito difícil explicar ou entender. Na maioria das estórias existe um problema a ser resolvido pelo herói, o bem sempre vence o mal e o final é otimista. Isso mostra o quanto é bom fazer o bem, lutar pelos seus objetivos, vencer os medos e que sempre existem saídas para nossas dificuldades.
É comum as crianças pedirem para o adulto contar várias vezes a mesma estória, se isso acontecer faça o que ela está pedindo.
É importante escolher o livro certo para cada idade.
Até 2 anos: livros com figuras.
De 3 a 4 anos: "O Lobo e os Sete Cabritinhos", "Os Três Porquinhos", "Cachinhos de Ouro", "A Galinha Ruiva" e "O Patinho Feio" são simples e têm poucos personagens.
De 4 a 6 anos: "Chapeuzinho Vermelho", "O Soldadinho de Chumbo", “Pedro e o Lobo", "João e Maria", "Mindinha" e o "Pequeno Polegar".
De 6 anos em diante: “Branca de Neve e os Sete Anões", "Cinderela", "A Bela Adormecida", "João e o Pé de Feijão", "Pinóquio" e "O Gato de Botas".
Adriana V. de Mattos
Psicóloga CRP 84608
Dizer NAO também educa
Pai, compra? Mãe, deixa? Me leva? Me dá? As crianças pedem, exigem, batem o pé. Querem tudo e querem já. Como estabelecer limites é o grande desafio dos pais de hoje!
A educação de nossos filhos deve ter como objetivo fundamental o desenvolvimento de pessoas responsáveis e maduras.
Sabemos que o afeto, a ternura e a comunicação são os instrumentos básicos para conseguir este resultado, porém não podemos nos esquecer da necessidade de colocar limites claros e coerentes, ainda que muitos pais sintam-se inseguros em proibir coisas a seus filhos. Porém, se não quisermos que nossas crianças se convertam em pequenos tiranos, a colocação de limites é imprescindível.
A frustração e ouvir não faz com que a criança se torne um adulto capaz de lidar com os vários “Nãos” que vai receber pelo mundo a fora, portanto não proteja exageradamente seu filho, deixe que ele próprio resolva na medida do possível seus problemas. Pesquisas revelam que crianças superprotegidas tem dificuldade em resolver as situações mais difíceis da vida quando adultos.
Não estou querendo dizer aqui para sermos rígidos demais nem mesmo intolerantes, apenas para sermos equilibrados e encontremos um meio termo. Nem omissos, nem tiranos!
Quando se exagera em proibições desnecessárias, o risco é o de formar uma pessoa cheia de medos, com pouca espontaneidade ou criatividade, ou, no extremo oposto, um rebelde com dificuldades de se inserir na sociedade. Por isso, a criança precisa aprender que embora haja um ´não´, muitos ´sins´ podem ser dados”.
Ao respondermos prontamente aos desejos da criança, retiramos duas experiências muito significativas da infância: a esperança e a imaginação. E colocamos, no seu lugar, a satisfação imediata, o facilmente "trocável" e a eterna procura pelo prazer momentâneo e descartável. A criança pode solicitar uma série de coisas, sem critério, e isso é normal. O adulto atendê-la prontamente, sem avaliar o seu pedido, é que é o problema. Dizer não à criança para algumas de suas vontades não significa frustrá-la. Quando os pais mostram coerência na sua posição, a criança costuma responder muito bem. Teimar e insistir, por parte da criança, faz parte desse processo. Ser seguro e firme, por parte dos pais, deveria fazer também. Atualmente dizer "não" é ainda mais difícil, especialmente porque vivemos numa sociedade do "sim", os pais tentam recompensar desta forma o pouco tempo que possuem para ficar com seus filhos por causa do trabalho e sentem-se culpados. Mas, sem querer não estão fazendo o bem para eles.
O importante é a qualidade e não a quantidade, se tiverem pouco tempo para brincarem juntos faça-o sentir que mesmo naquele curto espaço de tempo ele é a pessoa mais importante naquele momento.
Evite dizer não porque não simplesmente, a criança precisa entender porque não pode. Faça isso numa linguagem que ele entenda, seja firme e seguro.
Crianças, literalmente, pedem limites, pois por meio destes sentem-se amados, considerados, vistos e reconhecidos. Uma das maneiras que encontram para pedir limites é testando os pais”.
“Quem ama, educa” (Içami Tiba)
Adriana V. de Mattos
Psicologa CRP 84.806